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Aqui você vai conhecer nossos costumes, Historias, Culturas, Tradições, e claro a nossa querida vazantes de Pertinho!

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Vazantes

Lugar onde a cultura e a educação se abraçam

‘‘Lugar onde os pássaros cantam ’’ é o que significa, em guarani, ‘‘Aracoiaba’’, nome dado ao rio cujas margens nasceu ‘‘Vazantes’’, canto fértil. Tão importante nome que emprestou ao município inteiro. Lugar pequeno, todos se conhecem. Não há vida alheia, de fato. Tudo é da conta de todo mundo, a gente querendo ou não. Nesse cenário, cada história uma vida; cada vida, muitos mistérios. ”

Pedro Rubens.

 

   Vazantes nasceu a partir de moradores que vieram de outros estados, de outras cidades, e chegaram nessa terra. Terra essa, que era conhecida por vários nomes como “a terra dos coqueirais”, “terra rica”, “várzeas” ... E com o apoio dos moradores na época, foi elevada a distrito de Baturité no dia 06 de setembro de 1885. O nome Vazantes foi dado, pois estamos nas vazantes do rio Aracoiaba, que significa parte baixa do rio. Várzeas, significa, toda a região à margem de um curso d'água que fica inundada durante as cheias. São áreas muito propícias à agricultura devido à fertilidade do solo. Várias pessoas vinham em busca de boas terras para suas plantações, e que fossem perto de um rio, no caso de Vazantes, o Rio Aracoiaba, uma realidade que foi uma dádiva pela fertilidade, mas também uma dificuldade por conta do isolamento na época das chuvas e enchentes, deixando Vazantes ilhada... daí o desenvolvimento comercial do outro lado do rio choró, hoje distrito de Ideal.

     A localidade começou bem antes, com a chegada de dois irmãos Oliveiras (Antônio Joaquim e Emídio Cornélio). A escolha do local foi vista como um oásis entre dois rios: Aracoiaba e Choró.

Vazantes é um distrito que se formou a partir da fé, da religiosidade, da colaboração de muitas pessoas, e sua economia foi crescendo, com a principal fonte de renda que era a agricultura. Também havia a venda de algodão, a cana de açúcar, a troca de animais, a comercialização de tecidos, os botecos onde vendiam mercadorias, a fábrica de redes, entre outros. Essa terra também, era passagem de viajantes acompanhados de comboieiros que vinham do Acre. Certa vez, uma família vinha em busca de terras para sua moradia, pararam em um local para começar uma morada, e começaram a plantar.

     A plantação não demorou muito para crescer, por isso as pessoas chamavam Vazantes de Terra frutífera, terra rica, pois as plantações, cresciam muito rápido, e com muita beleza. Dessa forma, com o passar dos anos, várias pessoas foram chegando, e estabelecendo morada.  A primeira família foi conhecida como os evangelistas, pois tinham o sobrenome Evangelista, e seguiam o padroeiro São João Evangelista. Com o passar dos anos, Vazantes começou a se desenvolver a partir da capela, que em homenagem aos primeiros moradores, foi nomeada como Igreja São João evangelista. Depois disso várias pessoas foram surgindo.

     Dentre eles podemos destacar, a família de seu João aleijado, Antônio Jacó, Pedro saraiva, que na época era professor de música, Raimundo Egídio, Antônio Joaquim, Manoel Modesto, Jose jucá, Alfredo Cordeiro, Maria mesquita, Joaquim Mariano Brasilina, Alfredo Modesto, entre outros que contribuíram para a capela ser um ponto de origem para a nossa comunidade. A capela de São João Evangelista é uma das mais antigas do maciço de Baturité: iniciada em 1908, construída com a ajuda dos filhos da terra e muito bem conservada graças às campanhas. Foi construída com amor, da pedra fundamental as toalhas bordadas e arrumadas sobre o altar.

     Contam os antigos moradores, que no início da construção, os jovens carregaram as pedras, de muito longe. Rapazes e moças eram liberados pelas famílias para ajudar nesse mutirão. Além da fé, eles eram movidos pelos primeiros sentimentos do namoro, primícias adolescentes do amor. Sem muita vigilância, já que se tratava de uma obra de caridade, eles se atreviam a arriscar flertes, entre uma caminhada e outra. Enquanto as paredes do edifício iam subindo, formavam-se os casais que entrariam, futuramente, pela porta do templo, para receber a benção de suas alianças.

    Mas um erro que aconteceu no decorrer do desenvolvimento de Vazantes, foi a desunião das pessoas para transformar a capela em igreja, pois havia uma tacha de 200 reis na época, para fazer o upgrade de nomenclatura, mas o distrito de ideal na mesma época se uniu, e desenvolveu a capela para igreja, sendo até hoje, igreja de Nossa Senhora das Graças, desenvolvendo popularmente a igreja, e Vazantes mesmo sendo a igreja mais velha entre as duas, ficou dependendo de Ideal. Mas os moradores de Vazantes têm como habito, chamar a capela de igreja.

     A mortalidade infantil naquela época era muito grande, decorrendo ao grande número de crianças que morriam por falta de remédios, doenças, convivência com a sujeira... e Em Vazantes não havia um cemitério, então as crianças eram enterradas ao lado da igreja. Depois disso, muitas lendas foram inventadas pelos próprios moradores, sobre crianças santas, que era como eram chamadas ao morrerem, que apareciam na igreja com uma coroa, histórias de mãos de crianças saindo da terra, entre outras.

     Ao lado direito da igreja, nasce a primeira rua, chamada de Rua do Comércio. Rua do Comércio por que foi onde começou a surgir os primeiros botecos de venda. Os comerciantes iam para fortaleza a cavalo, comprar mercadorias, e voltavam depois de alguns dias, pois a viagem era longa. A Rua do Comércio não tinha calçamento, mas quando surgem prefeitos em Aracoiaba, que começam a se preocupar um pouco com o município, Vazantes ganha a Linha telefônica, e também o calçamento, pelo seu Oliveira, prefeito da época. Depois de algum tempo da criação da rua do comercio, subindo um pouco surge a Vila são João, onde eram umas duas casas já se desenvolvendo, e a população de Vazantes só aumentava.

     Um grande problema que não só Vazantes, mas muitos distritos enfrentavam, era a falta de energia elétrica. Antes, as pessoas usavam lampiões, lamparinas, velas para iluminar as casas ao anoitecer, mas ainda sim, uma grande escuridão devastava a querida Vazantes. Com muitos anos de desenvolvimento, e com crescimento populacional, Vazantes ganha um gerador de energia. Esse gerador ficava na antiga delegacia, em um quarto fechado, e funcionava até as 9 horas da noite, quando tocavam as três batidas. A primeira e na segunda batidas, são um aviso para todos entrarem em suas casas, pois o gerador iria ser desligado.  E na terceira e última batida, todos de Vazantes entravam para dentro de suas casas, o gerador era desligado e os que ainda desejavam ficar mais tempo do lado de fora, acendiam lampiões e lamparinas. Vazantes ficava iluminada por uma luz amarela, no meio da noite.

     Em 1885, Vazantes passa a ser distrito de Baturité. 73 anos depois, decide se emancipar, mas teria que passar por vários processos, em 1958 faz a solicitação de emancipação, mas não consegue aprovação, 5 anos depois faz um novo pedido, mas quando estava quase se emancipando, o Brasil passa pelo período de ditadura militar, que afetou a todos. Esse processo deixou um trauma histórico, além de implicar muitas perdas irrecuperáveis. 

     Em princípio, Vazantes mereceria até uma “indenização”, depois da ditadura, porque esse fato histórico teve como consequência muitas perdas. O Isolamento geográfico e, consequentemente, atraso comercial, causados, sobretudo pelos invernos, deixaram Vazantes ilhada e praticamente sem acesso, a estagnação social e política pois durante vários anos de gestões municipais, não houve nenhum benefício. Mas, Apesar de todas as crises, sempre foi fiel no desenvolvimento da qualidade de educação e destaca-se na vida cultural. Mantém festas tradicionais e vínculos dos “filhos da terra”, em permanentes campanhas para preservar o patrimônio, fazer história e buscar novas oportunidades.
Portanto, todos esses esforços da comunidade, deveriam ser valorizados, inclusive, porque, apesar das perdas ao longo de todo esse tempo, Vazantes não morreu. Vazantes vive de antigas tradições e de novos projetos.

     A divisão política surge a partir de 1888 passando por uma nova divisão geopolítica onde surgiram as três comunidades, vazantes, ideal e sede. Vazantes ficou com poços, Varjota, Rua do fogo e Tabuleirinho. E teve Fronteiras com Redenção e Barreira.

     Devido as dificuldades na época, era muito difícil sair de Vazantes, pois os moradores ficavam presos no período de inverno. Uma ponte veio com muita dificuldade. Na época o prefeito de Aracoiaba era Dr. Ary ribeiro, e com a ajuda de muitos líderes políticos, conseguiu trazer essa ponte, para um melhor deslocamento, e a alegria para o povo. Depois disso, Vazantes só foi se desenvolvendo mais e mais.

     O Vazantes Tênis Club, veio algum tempo depois. Francisco Freire Maia foi quem fundou o Club, através de uma associação. Pois Vazantes precisava de um ambiente mais acolhedor.

Uma das tradições de Vazantes era a festa do natal, que antes era festejado em salões, e também no Club. Nessa época haviam muitas bancas, muitas pessoas, muita comida, muita alegria, mas isso foi se acabando, devido outros locais como a sede e Ocara começarem a fazer festas no período natalino.      À espera da missa do galo, o povo foi inventando maneiras de festejar e até hoje a festa já não acontece mais. Era um momento de encontro dos “filhos da terra”, vindos na sua maioria de Fortaleza e das vizinhanças, mas também de São Paulo, terra de exílio e de trabalho para ganhar a vida, talvez por esta razão, a festa do padroeiro ficou ofuscada. Seja como for, concretamente, São João Evangelista nunca despertou grandes devoções no nosso povo.

Em 2002 com a construção do açude Aracoiaba, muitas pessoas ficaram sem moradia, e vieram buscar abrigo em Vazantes, alimentando assim a população ainda mais, e fortalecendo um povo cheio de fé, que não desistem por uma simples queda. 

     Quase sete anos depois da grande obra que foi o açude Aracoiaba, Vazantes ainda não havia sido beneficiada com um direito fundamental. Apesar da construção ter retirado muitas famílias de suas terras, ter usado e gasto a antiga ponte de Vazantes com carradas de materiais e do impacto ambiental, minimamente a comunidade deveria ter sido beneficiada com água. Mas foi preciso um movimento de lideranças, com vários abaixo-assinados e visitas ao Ministério público. A saída foi pelo projeto "São José" que supôs a articulação com várias associações comunitárias e, finalmente sob a gestão da prefeitura e o vereador. Parece que tudo em Vazantes tem que ser conquistado com muita luta e conjunção de forças: iniciativa dos filhos da terra, mobilização da comunidade e mediação política.

     Em 2005, surgiu um movimento apartidário “Vazantes Vive”, formado por professores, lideranças comunitárias e “filhos da terra”. Somente para o abastecimento de água, foram necessários tempo e organização (quase 8 anos de reuniões, mobilizando pessoas, igrejas, associações, sindicatos, gestores e até o Ministério Público), mas a água chegou, contando com o apoio decisivo da Prefeitura e do vereador local. Sobre a água tratada, é importante dizer que a conquista foi pelo projeto “São Jose” que supôs a articulação com várias associações comunitárias... e com o apoio do ministério público. Claro, tudo isso passa pela prefeitura e o vereador, mas o que deve ser mais ressaltado, é que foi uma conquista da comunidade, com a colaboração e poio da prefeitura.

     Fé e Alegria Vazantes: de 2005 a 2017, o crescimento foi o mais significativo em todas as unidades da Fundação no Brasil (presente em 14 Estados). Sem a fundação Fé e Alegria, Vazantes não seria o que é hoje em questões culturais. Então, Vazantes é uma mistura de coletividade, religiosidade, bondade, alegria mas principalmente, o berço da cultura e da educação.

 

“Vazantes não pode morrer,

Vazantes tem vida própria,

Vazantes tem que viver. ”

Isaura Pessoa Nobre

     Em 2005, surgiu um movimento apartidário “Vazantes Vive”, formado por professores, lideranças comunitárias e “filhos da terra”. Somente para o abastecimento de água, foram necessários tempo e organização (quase 8 anos de reuniões, mobilizando pessoas, igrejas, associações, sindicatos, gestores e até o Ministério Público), mas a água chegou, contando com o apoio decisivo da Prefeitura e do vereador local. Sobre a água tratada, é importante dizer que a conquista foi pelo projeto “São Jose” que supôs a articulação com várias associações comunitárias... e com o apoio do ministério público. Claro, tudo isso passa pela prefeitura e o vereador, mas o que deve ser mais ressaltado, é que foi uma conquista da comunidade, com a colaboração e poio da prefeitura.

     Fé e Alegria Vazantes: de 2005 a 2017, o crescimento foi o mais significativo em todas as unidades da Fundação no Brasil (presente em 14 Estados). Sem a fundação Fé e Alegria, Vazantes não seria o que é hoje em questões culturais. Então, Vazantes é uma mistura de coletividade, religiosidade, bondade, alegria mas principalmente, o berço da cultura e da educação.

 

“Vazantes não pode morrer,

Vazantes tem vida própria,

Vazantes tem que viver. ”

Isaura Pessoa Nobre

‘‘Lugar onde os pássaros cantam ’’ é o que significa, em guarani, ‘‘Aracoiaba’’, nome dado ao rio cujas margens nasceu ‘‘Vazantes’’, canto fértil. Tão importante nome que emprestou ao município inteiro. Lugar pequeno, todos se conhecem. Não há vida alheia, de fato. Tudo é da conta de todo mundo, a gente querendo ou não. Nesse cenário, cada história uma vida; cada vida, muitos mistérios. ”

Pedro Rubens.

 

   Vazantes nasceu a partir de moradores que vieram de outros estados, de outras cidades, e chegaram nessa terra. Terra essa, que era conhecida por vários nomes como “a terra dos coqueirais”, “terra rica”, “várzeas” ... E com o apoio dos moradores na época, foi elevada a distrito de Baturité no dia 06 de setembro de 1885. O nome Vazantes foi dado, pois estamos nas vazantes do rio Aracoiaba, que significa parte baixa do rio. Várzeas, significa, toda a região à margem de um curso d'água que fica inundada durante as cheias. São áreas muito propícias à agricultura devido à fertilidade do solo. Várias pessoas vinham em busca de boas terras para suas plantações, e que fossem perto de um rio, no caso de Vazantes, o Rio Aracoiaba, uma realidade que foi uma dádiva pela fertilidade, mas também uma dificuldade por conta do isolamento na época das chuvas e enchentes, deixando Vazantes ilhada... daí o desenvolvimento comercial do outro lado do rio choró, hoje distrito de Ideal.

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